Carrega uma universalidade impossível de negar, tocando os nossos lugares mais íntimos.
Rafael Félix
Rafael Félix
Um crítico de 25 anos com um talento especial para metáforas gastronómicas e um ódio de estimação pouco saudável pelo live action do Rei Leão.
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Pela 96ª vez (mais ou menos) aproximamo-nos da gala de entrega dos prémios que toda a gente concorda serem absurdos e, da mesma forma, toda a gente vê, e sente, e irrita-se e rejubila pelos seus.
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Um malabarismo que tenta manter no ar uma biopic, um blockbuster e um character study em que mais tarde ou mais cedo alguma das peças terá de cair com estrondo no chão.
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To Leslie é claramente um veículo carregado por uma performance brilhante de Riseborough
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É um filme em que o magnetismo que Blanchett nos impõem é insaciável, colocando tudo à sua volta a gravitar sobre si, fazendo com que cada detalhe de Tár, desde o impecável e audaz guarda-roupa até às salas frias e estéreis por onde caminha o seu passo decidido, se torne uma ferramenta nas mãos de Lydia Tár.
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M. Night completa aqui a sua volta vitoriosa, que começou nas semi-conquistas de Split (2016) e Old (2021) e termina agora no sucesso que é Knock at the Cabin.
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Há todo um mundo criado em Ice Merchants que vai bem além da própria animação.
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Com alguma inspiração no Au Hasard Balthazar (1966) de Robert Bresson, chega-nos EO, o burro que vive uma aventura pela Europa, cruzando-se com todo o tipo de pessoas, boas e más, desde circos a quintas, de hospitais veterinários a mansões italianas.
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Para se fazer uma estrutura tão solta como esta resultar, era necessário um controlo na montagem que Iñárritu, até hoje, tem sempre negligenciado, apesar da gigante beleza dos seus planos infinitos e das performances que tira dos seus atores.
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Um filme que abraça o carinho, a simpatia e a amizade, que mesmo esmagadas por uma existência cada vez mais desligada, não deixam de marcar a existência daqueles que por ela são tocados.