“Semear Resistências, Cultivar Utopias” é o desejo que move a 12ª edição de Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival.
Em 2025, o Festival cresce em relação ao passado: terá uma duração de 10 dias, de 28 de Outubro a 6 de Novembro, e estará presente em seis salas de cinema e espaços culturais de Lisboa: o Cinema São Jorge, a Cinemateca Portuguesa, o Museu do Aljube, a Casa do Comum, o ISCTE-IUL e o Goethe-Institut.
Fiel à sua missão de promover o cinema feito pelas mulheres do Mediterrâneo através de filmes que incentivam o debate sobre temas impactantes e às vezes polémicos, o Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival propõe uma programação cinematográfica de 63 filmes (longas e curtas-metragens) produzidos por 29 países. Deste total, 12 são produções portuguesas, incluindo a estreia mundial do documentário Mulheres, Terra, Revolução de Rita Calvário e Cecília Honório. No total, o Festival apresenta 41 filmes inéditos em Portugal – 33 estreias nacionais, quatro estreias mundiais, três estreias europeias e uma estreia internacional.
A par dos anos anteriores, o festival irá trazer ao público filmes de vários géneros cinematográficos (documentários, ficções, animações, experimentais) de realizadoras afirmadas a debutantes, para dar voz e visibilidade às histórias contadas por mulheres na sua multiplicidade de temas e estilos, e privilegiando narrativas não estereotipadas.
Uma novidade na programação deste ano é a presença proeminente das questões ambientais, com duas sessões de filmes que se debruçam de formas muito diferentes sobre a relação entre os humanos e a natureza, e um workshop intitulado “Can Cinema Help Save the Planet?”. Outros temas fortes do Festival são o assédio sexual e a violência de género, a ocupação israelita da Palestina, a luta pela independência das mulheres saharawis, e as histórias das mulheres curdas e yazidis. Na secção temática Travessias, o enfoque continua a ser nos refugiados, nas migrações forçadas, no racismo e no colonialismo passado e presente.
“O mundo está em chamas, metaforicamente e literalmente, e para nós faz cada vez mais sentido programar filmes que nos abrem os olhos, nos fazem pensar e nos levam à acção“, afirmam as organizadoras do Festival. “Na nossa programação, há espaço para a denúncia, a militância política, a revolta contra a injustiça social, mas também a vida privada, as emoções, o riso, e o optimismo. O que está por trás da programação e do nosso trabalho é a obstinação em acreditar que vale a pena fazer cultura, fazer filmes independentes, reunir as pessoas numa sala de cinema para ver, sentir e pensar juntas no mundo que existe e no mundo que queremos, contra a onda crescente do fascismo internacional e da crescente limitação da liberdade de expressão e de pensamento crítico. Os filmes que seleccionámos para esta edição falam do mundo real e dos mundos possíveis. Preocupam-se com o presente sem deixar de acreditar no futuro, nas utopias necessárias.”
Cena do filme “Where the Wind Comes From”, de Amel Guellaty
FILME DA CERIMÓNIA DE ABERTURA
O Festival arranca no dia 28 de Outubro no Museu do Aljube, mas a sessão oficial de abertura está marcada para 30 de Outubro no Cinema São Jorge, com o filme Where the Wind Comes From, primeira longa-metragem da jovem e promissora realizadora tunisina Amel Guellaty. Esta coprodução da Tunísia, França e Qatar, que teve a sua estreia nas edições mais recentes do Sundance Festival e do International Film Festival Rotterdam, é um road movie que acompanha Alyssa e Mehdi – ela rebelde e imprudente, ele sensível e cauteloso – numa viagem pela Tunísia em busca de liberdade. Definido pela revista Variety como “uma ode comovente à geração crescida depois da Primavera Árabe”, o filme é visualmente deslumbrante e consegue tratar temas duros com leveza.
FILME DA CERIMÓNIA DE ENCERRAMENTO DA SECÇÃO COMPETITIVA
Na sessão de encerramento da secção competitiva do Festival, no dia 2 de Novembro no Cinema São Jorge, é exibido The Dreamer (França), realizado pela francesa Anaïs Tellenne. Apresentado na selecção oficial da 80ª edição da Mostra Internacional de Cinema de Veneza, e galardoado com o prémio de Melhor Filme do Ano da União dos Críticos de Cinema Franceses, o filme debruça-se sobre o impacto da arte na vida e sobre como o olhar dos outros nos condiciona e define. A longa-metragem é inspirada no actor Raphaël Thiéry, que interpreta o protagonista homónimo, e retrata o encontro entre um homem de quase 60 anos com apenas um olho, que parece um gigante gentil, e uma artista plástica carismática e desinibida.
Cena do filme “The Dreamer”, de Anaïs Tellenne
DOIS OLHARES SOBRE A GUERRA: JASMILA ŽBANIĆ & MIRJANA KARANOVIĆ
De 3 a 6 de Novembro, o Festival programa na Cinemateca Portuguesa quatro filmes de duas cineastas balcânicas, a realizadora e produtora bósnia Jasmila Žbanić e a actriz e realizadora sérvia Mirjana Karanović. Trata-se de uma mostra focada na narração da violência e dos genocídios que marcaram a Guerra Civil Jugoslava (1991-2001), espelho de todas as guerras e genocídios, e nos rastos que ficam na vida das pessoas quando o conflito acaba. A mostra, que contará com a presença das duas realizadoras, testemunha como o cinema pode ser uma forma de resistência contra a violência e o sectarismo. De gerações diferentes (Žbanić é de 1974, Karanović de 1957) e separadas pela linhas étnicas e políticas dos balcãs pós-Tito, as duas cineastas têm trabalhado muitas vezes juntas, com Karanović a atuar nos filmes de Žbanić e esta última a produzir os filmes da colega.
Em programa, três obras de Jasmila Žbanić – Esma’s Secret, com Mirjana Karanović no papel de protagonista e vencedor do Urso de Ouro do Festival Internacional de Cinema de Berlim em 2006, On The Path (2010), nunca exibido antes em Portugal, e Quo Vadis, Aida? (2020) – e A Good Wife (2016), realizado por Mirjana Karanović e produzido por Žbanić.
Cena do filme “Esma’s Secret”, de Jasmila Žbanić
SECÇÕES COMPETITIVAS
O Festival apresenta 53 filmes em competição, organizados em quatro secções: Competição geral longas-metragens, Competição geral curtas-metragens, Secção Especial Travessias, composta por filmes sobre migrações, racismo e colonialismo e a Competição Começar a Olhar, com filmes de escola. Os filmes em competição serão exibidos entre 28 de Outubro e 2 de Novembro no Museu do Aljube, no ISCTE-IUL, na Casa do Comum e no Cinema São Jorge.
Competição Geral Longas-Metragens (5 filmes)
Apollon By Day Athena By Night (Turquia), de Emine Yildirim; Echo of Sunken Flowers (Itália), de Rosa Maietta; Isto não é um Jardim (Portugal), de Marta Pessoa; Mulheres, Terra, Revolução (Portugal), de Rita Calvário e Cecília Honório; My Sextortion Diary (Espanha), de Patricia Franquesa.
Competição Geral Curtas-Metragens (25 filmes)
400 Cassettes (Grécia), de Thelyia Petraki; A Grotto for Sale (Líbano), de Muriele Honein; Amanhã Não Dão Chuva (Portugal), de Maria Trigo Teixeira; As Minhas Sensações São Tudo o Que Tenho Para Oferecer (Portugal), de Isadora Neves Marques; Baking With Boris (França), de Maša Avramović; Boliche (Espanha), de Helher Escribano; Chicka (França), de Zahoua Raji e Ayoub Layoussifi; Detours While Speaking of Monsters (Turquia), de Deniz Şimşek; Ebb & Flow (Líbano), de Nay Tabbara; Essence (Líbano), de Tia Azar; Every Gesture (Espanha), de Valentina Alvarado Matos; Filante (França), de Marion Jamault; Há Ouro em Todo o Lado (Portugal), de Rita Morais; Last Snows (França), de Sarah Henochsberg; Made Of Sugar (Espanha), de Clàudia Cedó; Mefite (Itália), de Beatrice Surano; Moi Aussi (França), de Judith Godrèche; My Grandmother’s Secret (Egito), de Nourhan Abdelsalam; Non-essential Movement (Grécia), de Nikoleta Leousi; O Jardim em Movimento (Portugal), de Inês Lima; Run, Adela (Espanha), de Alba Pino; Sailboat at the End of the Street (Croácia), de Lucía Aimara Borjas; Tant que Je Marcherai (França), de Isabelle Montoya; The Dream (Síria), de Gule Welat; Wao Zone (Espanha), de Nagore Eceiza Mujika.
Secção Especial Travessias (10 filmes)
Almost Certainly False (Turquia), de Cansu Baydar; Autokar (Bélgica), de Sylwia Szkiłądź; Blanche (França), de Joanne Rakotoarisoa; Dissonance (Espanha), de Raquel Larrosa; Ezda (Canadá), de Halime Akturk; My Sweet Land (EUA), de Sareen Hairabedian; Palestine Islands (França), de Nour Ben Salem e Julien Menanteau; Shâd Bâsh (França), de Hélène Rastegar; Shrinking Space (Espanha), de Cristina Mora e Norma Nebot; This Home is Ours (Palestina), de Shayma’ Awawdeh.
Começar a Olhar (13 filmes)
Cantos da Metamorfose Ou Aquela Vez Em Que Eu Encarnei Como Boto (Portugal), de Ainá Xisto; Diorama (Itália), de Elena Conti; Goodbye Kepler (Espanha), de Nerea Ayala, Patricia Fañanás, David Modroño e Iraia Yarto; Journey of the Seats (Egito), de Hessah Al Mulla; Memories of My Mother (Espanha), de Nú Larruy; Naufragia (Portugal), de Carolina Vaz Rebelo; Olho-Vento (Portugal), de Irina Oliveira; Qaher (Polónia), de Nada Khalifa; Raiano (Portugal), de Marina Schneider; Real Life Models Were Not Harmed In The Making Of This Film (Egito), de Aya Elhosieny; Red Lace (Espanha), de Andrea Adame e Paula Trejo Espada; Viajante 1 (Portugal), de Luísa Villas-Boas; Yet Another One (Croácia), de Karla Jelić.
Cena do filme “The Brink of Dreams”, de Nada Riyadh e Ayman El Amir
FILMES FORA DE COMPETIÇÃO
Além dos filmes das cerimónias oficiais de abertura e encerramento no Cinema São Jorge e da mostra na Cinemateca Portuguesa, o programa de 2025 inclui ainda duas longas-metragens fora de competição.
Vencedor do prémio de melhor documentário no Festival de Cannes de 2024, The Brink of Dreams, da dupla egípcia Nada Riyadh e Ayman El Amir, será exibido no Cinema São Jorge a 31 de Outubro, precedido por uma masterclass da realizadora Nada Riyadh. Esta é a segunda obra do casal e foi filmada ao longo de quatro anos em uma pequena localidade isolada no sul do Egipto, onde um grupo de raparigas decidiu formar uma trupe de teatro de rua exclusivamente feminina. Elas sonham em se tornar actrizes, dançarinas e cantoras, desafiando as famílias e os habitantes locais com apresentações imprevisíveis. Porém, com o início da vida adulta, cada uma delas é confrontada com escolhas cruciais e terá de tomar decisões difíceis. Sem deixar de denunciar as dificuldades que encontram as mulheres egípcias em afirmar a sua liberdade e individualidade, o documentário desafia muitos preconceitos ocidentais, que vêem as mulheres árabes como submissas e eternas vítimas. No longo processo de rodagem do filme, Nada Riyadh e Ayman El Amir criaram uma ligação profunda com as protagonistas do documentário, o que lhes permitiu filmar com uma proximidade extrema não só os diálogos entre elas, mas também as conversas com familiares e namorados. O resultado para o espectador é uma sensação de grande intimidade, mas que nunca desliza para o voyeurismo.
Guardadoras de Histórias, Guardiãs da Palavra (Portugal), de Raquel Freire, será apresentado no Museu do Aljube no dia 4 de Novembro. Realizado no âmbito do projecto de investigação WOMENLIT, coordenado por Margarida Rendeiro, cujo objectivo é analisar as configurações poético-literárias da resistência na produção literária e artística de autoria de mulheres publicada no espaço luso-afro-brasileiro no século XXI, este documentário amplia as vozes de escritoras de várias gerações, dos países do Atlântico afro-luso-brasileiro, que falam de criação, memórias, periferias e resistências literárias e culturais.
Cena de “Baking with Boris”
SESSÃO PARA FAMÍLIAS
A programação do Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival não esquece o público mais novo. Além das sessões para escolas no Cinema São Jorge e na Cinemateca Portuguesa, o Festival apresenta uma sessão para famílias na manhã de domingo, 2 de Novembro, no Cinema São Jorge, com sete curtas de ficção e animação para crianças dos 6 aos 12 anos: Baking With Boris (França, Suíça, Croácia), de Maša Avramovic; Filante (França), de Marion Jamault; Sailboat at the End of the Street (Croácia), de Lucía Aimara Borjas; Goodbye Kepler (Espanha), de Nerea Ayala, Patricia Fañanás, David Modroño e Iraia Yarto; Boliche (Espanha), de Helher Escribano; Autokar (Bélgica e França), de Sylwia Szkiłądź; e Palestine Islands (França, Jordânia), de Nour Ben Salem e Julien Menanteau. Haverá um workshop de encadernação conduzido por Aissatu Seidi (Nómada Notebooks).
DEBATES & WORKSHOPS
A programação de actividades paralelas do Festival conta com vários debates após os filmes e workshops temáticos:
● 18 de Outubro, Museu do Aljube: Debate sobre as Mulheres na Reforma Agrária da Revolução de Abril, após a exibição do documentário Mulheres, Terra, Revolução (Portugal), de Rita Calvário e Cecília Honório, com a presença das realizadoras.
● 29 de Outubro, ISCTE-IUL: Debate sobre a Violência da Ocupação Israelita na Cisjordânia após a exibição do documentário Shrinking Space (Espanha), de Cristina Mora e Norma Nebo.
● 30 de Outubro, Cinema São Jorge: Debate a partir das curtas-metragens Run, Adela (Espanha), de Alba Pino; Blanche (França), de Joanne Rakotoarisoa; Chicka (França, Marrocos), de Zahoua Raji, Ayoub Layoussifi; As Minhas Sensações São Tudo O Que Tenho Para Oferecer (Portugal), de Isadora Neves Marques.
● 1 de Novembro, Cinema São Jorge: Debate Travessias a partir do documentário My Sweet Land (EUA, França, Irlanda, Jordânia), de Sareen Hairabedian, com a presença da produtora Azza Hourani.
● 1 de Novembro, Cinema São Jorge: Oficina de encadernação (para crianças e adultos), para criar histórias em forma de fanzine artesanal, com Aissatu Seidi (Nómada Notebooks).
● 2 de Novembro, Cinema São Jorge: Debate sobre Assédio Sexual Online e Violência de Género a partir da exibição da curta metragem Red Lace (Espanha), de Andrea Adame e Paula Trejo Espada, e o documentário My Sextortin Diary (Espanha), de Patricia Franqueza, com a presença das realizadoras.
● 2 de Novembro, Cinema São Jorge: Workshop para o público em geral “Can Cinema Help Save the Planet?“, com Fernanda Polacow (guionista, realizadora e consultora de escrita no Torino Film Lab, na Netflix and Portuguese Film Academy e no IndieLisboa Lab).
● 2 de Novembro, Cinema São Jorge: Apresentação do projecto Ri/Ver: Outros Olhares do Mediterrâneo sobre a Cidade, com vídeos criados pelas crianças e adolescentes dos bairros sociais Horizonte e Portugal Novo Olaias, no âmbito de laboratório organizado pela Olhares do Mediterrâneo – Associação Cultural com a educadora e “artivista” Kitti Baracsi, em colaboração com a Associação de Moradores Bairro Horizonte (AMBH) e a Associação de Moradores Paz Amizade e Cores Portugal Novo (AMPAC Olaias). Projecto financiado pela CCDR-LVT.
Os realizadores egípcios Nada Riyadh e Ayman El Amir
PROGRAMA DE INDÚSTRIA
Em 2025 o programa de indústria do Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival volta a ter o apoio da EURIMAGES Gender Equality Sponsorship e apresenta uma série de actividades que tocam em vários aspectos do trabalho cinematográfico.
31 de Outubro, no Cinema São Jorge, será a Jornada da Indústria Olhares 2025 com uma Awareness Workshop dedicada ao tema da acessibilidade do cinema em sala na óptica das pessoas com incapacidade visual e auditiva; uma sessão de pitching de curtas-metragens de realizadoras em início de carreira, com a mentoria de Ena Rahelić (FMF Split) e Andreia Nunes (Wonder Maria Filmes); uma mesa-redonda sobre a criação de programas de indústria originais e impactantes em festivais pequenos e/ou periféricos, capazes de impulsionar o trabalho das mulheres, com a participação de Ena Rahelić (FMF Split), Deborah Micheletti (bienal Dona i Cinema de Valência) e Maja Jankowska (Reykjavik International Film Festival), com moderação de Catarina Ramalho (Festival PLAY), uma masterclass de Nada Riyadh sobre a criação do documentário The Brink of Dreams, exibido no mesmo dia.
Renova-se também a colaboração com a MUTIM – Mulheres Trabalhadoras das Imagens em Movimento, com duas actividades no Goethe-Institut: a 2ª edição do workshop de escrita para cinema, no dia 3 de Novembro, e o 3º Encontro Olhares do Mediterrâneo / MUTIM, sobre o tema “Como fugir a estereótipos na escrita de intimidade?”, no dia 6 de Novembro.
SESSÕES DE “WARM-UP”
Durante o mês de Outubro, antes do arranque do Festival, haverá ainda diversas sessões “de aquecimento” em diversos espaços culturais de Lisboa:
● 16 de Outubro, às 18h, na Tasca das Artes: Apresentação de três curtas-metragens de Pushpa Joshi, investigadora social e realizadora nepalesa, cujo trabalho aborda temas como género, sexualidade e justiça reprodutiva. Sessão em parceria com a DESIS Lab (Design for Social Innovation and Sustainability) da Nova SBE, seguida por um cocktail da WeCheffes, um serviço de catering de mulheres de todo o mundo.
● 21 de Outubro, às 18h, no Terraço do Graal: Sessão sobre a luta de libertação das mulheres do Rojava (nordeste da Síria), com apresentação da média-metragem documental Jinwar – Women’s Village (Síria), de Nadya Derwis, que retrata a criação de uma aldeia de mulheres, um espaço auto suficiente e seguro no Rojava, e a curta-metragem de ficção autobiográfica The Sleeping Death (Síria), de Zilan Hemo, cuja protagonista é uma combatente curda cercada pelo ISIS.
● 21 de Outubro, às 22h, na Cossoul: “sneak peak” da programação da 12ª edição do Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival no Shortcutz Lisboa.
● 23 de Outubro, às 18h30, na Sala de Âmbito Cultural do El Corte Inglés: Conferência “Atrás das Câmaras – Mulheres no Cinema Português” com a realizadora, investigadora e docente universitária Catarina Alves Costa.
Olhares do Mediterrâneo – Women’s Film Festival é o mais antigo festival de cinema no feminino em Portugal e o único dedicado à cinematografia da bacia do Mediterrâneo. Trata-se de um trabalho colectivo, sob a direcção de Antónia Pedroso de Lima, Patrícia Sá, Sara David Lopes e Silvia Di Marco.