Entrevista | João Monteiro – Director Artístico do MOTELX

O Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, MOTELX, regressa para a sua 19ª edição, que decorre de 9 a 15 de Setembro. Um espaço onde o terror é bem-vindo, celebrado e homenageado com imensas sessões fantásticas, convidados grandiosos e diversas actividades criativas.

O Fio Condutor aproveitou esta ocasião especial para reunir com um dos directores artísticos do MOTELX, o João Monteiro, e realizar uma entrevista acerca desta edição do Festival, incluindo a sua missão de celebrar as mulheres do cinema de terror, a forma como o exploitation do passado comunica com o nosso presente, e o futuro de Portugal na sétima arte.

FIO CONDUTOR: Olá! Muito obrigado por esta oportunidade. Estamos aqui para mais uma entrevista sobre o MOTELX, portanto, antes demais, quais são os principais destaques desta edição?

JOÃO MONTEIRO: O principal deles todos é a nossa convidada de honra, Gale Anne Hurd. É um momento grande para nós porque nunca tivemos uma convidada de honra, até agora temos tido só convidados [gerais]. É uma convidada que nos permite, inclusive, inaugurar um prémio que há muito que queremos lançar: o prémio Noémia Delgado para mulheres notáveis no horror. Neste caso é uma das mais notáveis de todas, porque construiu uma carreira num sítio muito complicado para as mulheres, em Hollywood com os seus produtores tóxicos. E conseguiu não só marcar a minha geração, com Terminator (1984) e Aliens (1986), como marcar a mais recente com [a série] The Walking Dead (2010-2022), que é um mega sucesso. Diria que este é o nosso maior destaque.

FC: Como mencionaste, a vossa primeira atribuição do prémio Noémia Delgado é para Gale Anne Hurd, argumentista mas principalmente produtora. Acho que é merecedor de atenção porque, no geral, a maioria das audiências conhece os actores e os realizadores mas os nomes das pessoas na produção, responsáveis pelas obras, são demasiadas vezes, infelizmente, esquecidos.

JM: De facto é verdade. Não sei porquê mas criou-se um bocado esta ideia, talvez através da teoria do autor, onde os filmes são os realizadores ou os argumentistas e, pronto, o produtor é basicamente a pessoa que mete dinheiro (risos). O caso da Gale Anne Hurd não é assim porque ela foi a co-argumentista do Terminator, portanto é difícil imaginar a carreira de James Cameron sem a presença dela. É preciso alguém que proteja o criador e que arranje soluções quando há problemas e isso, geralmente, são os produtores. É um desconsolo grande na arte do cinema, que não é uma arte individual, é uma arte colectiva, estar a individualizar sempre alguém quando o filme depende da prestação de todos; das equipas. Ainda por cima, falar de produções em Hollywood não é o mesmo que uma produção independente. O Prémio Noémia Delgado não é só para realizadoras ou para criadoras, é para profissionais e pessoas que se tenham especializado neste género particular de cinema.

Gale Anne Hurd, produtora de The Terminator, Aliens

FC: Há quanto tempo tinham este prémio em mente?

JM: Nós temos vindo a destacar a presença, cada vez mais, de filmes realizados por mulheres e autoras no MOTELX porque, de facto, o festival já tem quase 20 anos. Antigamente era muito diferente, contava-se pelos dedos. Aliás, no século XX, contou-se pelos dedos os filmes de terror realizados por mulheres. A coisa mudou radicalmente agora, com a mudança da indústria e do negócio, mercê da pandemia e de coisas assim. Tem havido obviamente [no geral] um maior destaque para estes filmes e estes filmes, nomeadamente filmes de autoras, começam a perder o estatuto de filme de terror e a aparecer nos festivais grandes como Veneza, Cannes, Locarno. Têm todos uma programação de filmes de terror, grande parte deles realizados por autoras, que faz com que de repente o cinema de terror já não seja uma coisa de nicho. Começa a entrar na ideia do cinema de autor independente. Portanto, já temos esta ideia há muito tempo. Queríamos também homenagear a Noémia Delgado, uma realizadora pioneira em Portugal, que, infelizmente, encontra-se esquecida porque o seu trabalho não é muito conhecido ou acessível. Ela também não conseguiu uma carreira melhor porque as condições em Portugal para mulheres realizadoras não eram propriamente muito abundantes. No entanto, ela especializou-se na área do cinema fantástico do terror e construiu um corpo interessante de trabalho. Nomeadamente com os contos fantásticos que adaptou. Nós chegámos a tentar trazê-la ao MOTELX, que era vontade também dela, só que infelizmente não foi possível. Portanto, ficou assim este desejo nosso de poder um dia prestar homenagem à Noémia, prestando homenagem a mulheres como a Noémia no cinema de terror.

FC: Também já exibiram alguns dos seus filmes no MOTELX.

JM: Ela fez 9 filmes, acho eu, para a RTP. Nós já exibimos 2 no passado e este ano vamos exibir 1 que está relacionado com o ciclo especial do Quarto Perdido, que é sobre filmes de bruxas. Ela fez uma adaptação de um conto de Hugo Rocha, chamado A Noite de Walpurgis, que é a noite das Bruxas para a Europa Central, para a Alemanha e para a Áustria. É sobre um Sabbath de Bruxas e a presença do Diabo. Portanto fazia sentido, no ano em que instituímos o prémio, mostrar um bocadinho do trabalho da Noémia. De certa maneira, podendo fazer isto também ao longo de futuras edições.

FC: Muito dos projectos da Noémia Delgado, relacionados com o terror, pareciam lidar com folclore e com contos clássicos portugueses. Acho curioso que conseguimos olhar para outros países e ver a forma como o folclore impacta o seu cinema de terror como nos Estados Unidos e no Japão. Como é que o nosso folclore impacta o nosso cinema de horror? Existe uma relação? Qual é essa ligação?

JM: Quando nós fizemos o trabalho de pesquisar a história do cinema de terror português, para ver se existia, descobrimos que o género ou subgénero que mais se sobressai na nossa história é o folk horror, exactamente essa ideia de terror folclórico. O que entendemos como terror folclórico é o passado pagão de Portugal (risos). Supostamente foi na Inglaterra onde se inventou este subgénero e, de facto, são os que praticam os filmes mais interessantes e mais puros. Wicker Man (1973). o primeiro deles todos, foi feito na Inglaterra. Nós, curiosamente, vamos passar um documentário, este ano, chamado The Last Sacrifice (2024), que é sobre a história que deu origem ao Wicker Man, o último homicídio ritualístico no Reino Unido. Em Portugal, este ciclo das Bruxas está relacionado com esse folclore. Os poucos filmes que existem, onde as bruxas são as protagonistas, dão a ideia que a bruxaria é uma parte importante da cultura portuguesa e da nossa história. Também dão a entender que, ao contrário do resto da Europa onde houve a inquisição com a perseguição dos pagãos, nomeadamente mulheres e bruxas, em Portugal foi diferente. A perseguição da inquisição foi direcionada mais para os cristãos novos e maioritariamente para os judeus do que para as bruxas. Portanto, digamos que todas as tradições pagãs em Portugal foram acolhidas, de certa forma. Hoje em dia, o caso mais flagrante são os Caretos e a Festa dos Mascarados que continuam a coexistir com a igreja católica nas localidades onde acontecem. Portanto, dos filmes que nós exibimos: curiosamente temos o Alma Viva (2022) da Cristèle Alves Meira, filha de imigrantes, lusodescendente, que é sobre memórias e as memórias da aldeia estão ligadas essencialmente a bruxas de aldeias vizinhas. Temos também um filme, O Crime da Aldeia Velha (1964), e uma série, Finisterra (2025), que são ambos baseados em histórias verídicas de bruxaria ocorridas em pleno século XX. Acho que não podemos ignorar o que o pouco cinema nacional tem a dizer: a bruxaria é um fenómeno que ainda, de certa maneira, permanece na nossa cultura.

Alma Viva (2022)

FC: A própria ideia de bruxaria estar relacionado com a perseguição da liberdade do feminino acaba também por ser ainda relevante na nossa actualidade.

JM: Quando eu disse perseguição às religiões pagãs queria basicamente dizer perseguição à mulher porque as religiões pagãs proveem todas das religiões matriarcais. A mulher assumia um papel importante, tendo em conta a associação da mulher à terra e à natureza, do facto de dar à luz, de ter inventado, provavelmente, a agricultura no neolítico. A verdade é que houve uma mudança clara entre o poder da Virgem Maria e o poder de Jesus Cristo mas o que é interessante é que, em Portugal, esse fundo matriarcal ainda se mantém muito, especialmente na província, na aldeia, ou seja continua a existir uma importância da mulher no que toca às decisões da sua própria cultura, das tradições da sua aldeia. E as bruxas, de certa maneira, sempre representaram um bocado isso: protectoras das tradições e também das mulheres. Eu espero que este ciclo possa proporcionar algumas leituras e uma ideia de que em Portugal o patriarcado concentra-se mais nas grandes cidades, aliás em Portugal e em todo o lado.

FC: Entrando agora nos filmes, quais são as sessões que estão particularmente entusiasmados para ver a reação do público?

JM: Este ano, o filme de abertura é o The Long Walk (2025). É o nosso futuro blockbuster do ano. Estamos curiosos para saber como este filme poderá ter repercussão com o público. Temos filmes muito experimentais de realizadores bastante conhecidos como Ben Wheatley, que tem um filme chamado Bulk. Depois de ter feito o Meg 2: The Trench (2023), o Bulk é o oposto de Meg 2, aliás, a antítese do Meg 2 (risos). Dentro da competição Méliès d’argent das longas, para além de Bulk, temos o Hallow Road do realizador iraniano Babak Anvari, que fez um grande filme chamado Under the Shadow (2016), passado na guerra entre o Iraque e o Irão nos anos 80. Agora fez um folk horror no Reino Unido sobre maus pais (risos). Temos o Sombras, do Jorge Cramez, que é uma estreia mundial e o único representante português nesta competição, que também tem um fundo de folk horror com um tema muito patente no cinema de terror português desde o Coisa Ruim (2006), onde o casal da cidade vem para o campo e o campo tem um efeito bastante acentuado no quotidiano destas pessoas. Obviamente temos o Toxic Avenger (2023), um filme que está há anos para estrear, supostamente pelo grau de violência do filme. Finalmente vai sair e, como vamos ter a oportunidade de estrear o filme no MOTELX, resolvemos fazer uma dupla sessão com o original, que continua a dar que falar aos tempos que correm, curiosamente (risos). Temos filmes da A24, como o Death of a Unicorn (2025), e o Opus (2025), filmes com vedetas do passado e do presente. Temos um filme com o Pedro Pascal, impossível de fugir ao Pedro Pascal hoje em dia, entra em todos os filmes (risos). Chama-se Freaky Tales (2025), é a única antologia que temos este ano. Vamos ter uma sessão tripla nipónica, uma maratona que nunca fizemos, com três filmes, a começar com o Chime (2024), do Kiyoshi Kurosawa, o realizador mais conhecido desta pequena amostra, e terminando numa coisa chamada Hotspring Sharkattack (2024), uma homenagem ao Jaws (1975) que faz 50 anos. Nós optamos por mostrar os variantes e os subprodutos do Tubarão em vez de mostrar o Tubarão (risos). Enterre os seus Mortos (2024); a presença do cinema brasileiro é sempre importante, porque o cinema brasileiro tem vindo a crescer como o cinema português a nível de género. O último filme do Quentin Dupieux, The Piano Accident (2025). É sempre possível esperar o inesperado deste realizador. Neste caso é relacionado com as redes sociais, obviamente que vai ser interessante ver o que ele pensa sobre isso. Temos filmes curiosos como o da Julie Pacino, filha do Al Pacino, I Live Here Now (2025), e o novo filme da filha de George Romero, Tina Romero, Queens of the Dead (2025). Estamos curiosos para saber como as pessoas vão reagir a um filme interactivo; vamos ter pela primeira vez uma sessão à escolha com um filme chamado The Run (2025). Estou curioso para saber como vão reagir ao A Pianista (2025), outro filme de estreia mundial no MOTELX, do Nuno Bernardo.

Temos a Sala de Culto que é uma secção que nós gostamos particularmente e só o ano passado é que inventámos o nome. Este ano vamos ter um filme chamado Crendices (2025), um filme da Madeira; de um grupo humorístico madeirense chamado 4Litro. Para primeira obra cinematográfica decidiram fazer um filme de comédia de terror e entrou directamente para a Sala de Culto, como foi o caso do ano passado com O Velho e a Espada (2024). O que mostra que, felizmente, o cinema e a produção cinematográfica não está reduzida a Lisboa e a redores, já começa a acontecer por fora. O Velho e a Espada é um filme de Castelo Branco, um sitio sem história nenhuma do cinema. No caso da Madeira não é bem assim porque O Fauno das Montanhas (1926), um dos filmes portugueses mudos mais interessantes, foi feito na Madeira. Não é uma produção completamente madeirense mas existe. Tenho curiosidade para saber como vai correr uma nova secção chamada Suite 13, que tem uma programação bastante forte e foi proposta por um amigo e antigo colaborador, Carlos Carrilho, à volta do trabalho de Herschell Gordon Lewis, o pai do cinema Gore, que fez filmes como Blood Feast (1963). São filmes que agora comunicam com o presente de uma forma como não comunicavam na altura. No caso de Herschell Gordon Lewis, o espelho que estamos aqui a propor é a América contemporânea; aquilo que está a acontecer nesse país e que se reflecte nestes filmes que já têm umas belas décadas. Especialmente o Two Thousand Maniacs! (1964), que fala da guerra entre o sul e o norte, e de estados confederados; que traz à memória eventos recentes da América, como a invasão do capitólio e as manifestações. Esta secção faz esse papel; pega no cinema exploitation ou cinema série B dos anos 60, 70 e 80, onde ocorreu a maior produção destes filmes, e procura salvar aqueles que estão a ser hoje em dia alvos de novas leituras, nomeadamente por meios académicos. Porque, de certa forma, quase são mini-profecias. O primeiro, deste ano, é com Herschell Gordon Lewis.

THE LONG WALK | Crédito Foto: Murray Close/Lionsgate

FC: Em cada edição, sentimos cada vez mais o MOTELX também como um palco. Neste ano, além dos prémios de curtas, guiões, temos também a secção Lab com imensas conversas sobre o processo de criar. Um palco para futuros criadores e artistas.

JM: Criadores já lá estão, precisam apenas de um espaço para exibir obras e para aprenderem. Não se aprende a fazer filmes de terror em Portugal. O MOTELX sempre se assumiu como uma espécie de curso intensivo de terror. No inicio eram só 5 dias e agora são mais. Este ano é particularmente forte porque temos uma programação do Tiago Bartolomeu Costa, que montou aqui uma série de debates relacionados com aspectos de criação, distribuição; para explicar como funcionam as coisas. Pensar no que é um filme de terror e depois no que se faz com esse filme de terror são coisas importantes que vamos fazer no Lab. Temos também conversas com convidados e ainda uma competição em colaboração com o Festival Guiões; um concurso de guiões que demonstram o tipo de narrativas que os criadores portugueses estão a inventar. Portanto, temos aqui um olhar sobre todas as fases e sobre tudo o que tem a ver com o terror em Portugal. Tudo isto é aberto ao publico e o publico pode ir investigar para ver como é o estado geral do cinema em Portugal.

FC: Tendo em conta a vossa aproximação com o cinema de terror português e com as vozes de novos criadores portugueses, quais são as tendências que têm notado nos seus trabalhos? Existem sequer temas comuns?

JM: Nos nossos primeiros 10 anos, muitos dos filmes [portugueses] tentavam emular e imitar os filmes estrangeiros, nomeadamente americanos e asiáticos numa altura onde tinham muito mais influência no cinema mundial. Agora, passámos essa fase e começam a aparecer filmes com temas que tem a ver com o nosso dia a dia, o nosso quotidiano e a nossa história. O Finisterra é uma série feita pelo Guilherme Branquinho e pelo Leone Niel, dois jovens que fizeram todo um trabalho acerca das lendas de Aljezur, com histórias que estão relacionados com a nossa história recente, como a bruxaria. Já estão num nível completamente diferente. O mesmo acontece nas curtas, temos temas da habitação, da gentrificação, todas essas coisas que afectam o nosso dia a dia começam a entrar dentro dos filmes. O terror sobrevive e continua a ser um género pertinente porque vai se alimentando dos medos de determinada época. Daqui a uns tempos vamos continuar a receber filmes que lidam com o que se passa neste momento, seja o estado continuo da guerra, das questões ambientais, seja a subida da extrema direita em todo o lado. Tudo o que é o horror da vida real vai-se aos poucos penetrando a ficção também, como seria de esperar.

FC: Seria injusto perguntar qual é o futuro do nosso cinema de terror mas queria saber o que gostava de ver no cinema português. Ou seja, não é prever o futuro, é apenas o que gostava mais de ver no nosso cinema de terror.

JM: Gostava de ver novos séculos da história de Portugal no cinema, filmes sobre os descobrimentos, sobre as colónias, sobre o nosso passado que nós não gostamos de falar ou não queremos falar, porque precisamos de fazer essa catarse. Acho que são os criadores novos que podem olhar para aquilo, com esta distância toda, e poder investigar isso. Aquilo que às vezes faz-me um bocado impressão, obviamente a nível pessoal, é que muitos guiões pegam numa ideia que tem a ver, imagina, para dar um exemplo, A Lenda da Dama Pé de Cabra, e constroem logo uma narrativa à volta disso mas não vão a fundo. Não fazem uma pesquisa profunda. Geralmente, no meio de uma pesquisa profunda [descobrem-se] outros elementos interessantes para explorar nos filmes. Acho que estamos no bom caminho. Se eu dissesse que há 10 anos esperava estrear mundialmente filmes portugueses de terror [no MOTELX], não esperava. Portanto, acho que estamos num caminho lento e evolutivo mas estamos a caminhar para lá.

FC: Para concluir, qual seria a sua mensagem para os futuros criadores portugueses?

JM: É perder um tempinho com a pesquisa. Essencialmente irem aos sítios, passarem um tempo lá para absorver em vez de copiarem filmes estrangeiros que, de certa maneira, são filmes que podiam passar em qualquer lado. Sou a favor de filmes que reflectem o sítio onde foram feitos. Não falta em Portugal coisas para explorar. Coisas horrendas para explorar (risos) sobre a natureza humana e a natureza particular dos portugueses.

FC: Uma excelente forma de concluir a entrevista.

JM: (Risos) Só falta a cena da bateria (ba dum tss).

O Festival decorre entre os dias 9 e 15 de Setembro, no Cinema São Jorge, com destaque para a presença de uma das maiores produtoras em Hollywood, Gale Anne Hurd, a força do cinema de terror nacional e ainda muitas surpresas cinemáticas.

Nota: partes da entrevista foram editadas para aumentar a clareza e concisão do texto.

Entrevista Realizada e Transcrita por João Iria

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