Crítica | Possum (2018)
Uma obra estranha, sufocante e profundamente inquietante, que se apoia mais na sensação de desconforto do que em explicações narrativas.
Uma obra estranha, sufocante e profundamente inquietante, que se apoia mais na sensação de desconforto do que em explicações narrativas.
Um coming-of-age onde o lado sobrenatural nunca se sobrepõe, mas complementa o profundo e gutural grito feminista da sua realizadora.
São temas que Dupieux já explorou, mas nunca de forma tão coesa e tão bem integrada na história.
Perde a força nas pernas, acabando por se atrapalhar a si próprio e não ter o necessário para ganhar a partida.
Sente-se como uma maldição, uma capaz de perseguir o público nas suas vidas privadas.
É uma comemoração e enfatização da memória coletiva e da diversidade cultural.
O terror acaba por salvar o filme da eminente desgraça por revelar uma criatura, que embora criada por CGI, acaba por ter um B-Movie feel.
Não é uma revolução no género, mas como filme de carácter independente é um agradável banho em águas já exploradas.
Hipnotizante, embalando o público entre o sonho e a realidade, como se o próprio filme fosse criado pela Rainha de Neve.
Um clássico de culto que, merecidamente, tem construído uma reputação mainstream com a passagem do tempo.