Com um argumento com o coração no lugar certo, é pena que Submissão seja refém de um visual de matriz televisiva.
É ao mesmo tempo louvável e questionável. A arte deve ser arriscada, mas onde desenhamos a linha?
É um filme que tinha um potencial enorme, porém acaba por se perder nas imensas ideias que tenta apresentar.
O encadeamento de ideias surge de forma muito natural, dando espaço para que as personagens se apresentem sem haver uma imposição de uma perante a outra.
Um sucesso no género da animação que espalha orgulho no cinema nacional. O seu imaginário abre um futuro de imensas possibilidades para este meio artístico em Portugal.
Tantos planos-sequência trazem ao filme o oposto do que a maioria dos planos dessa ordem trazem: prender o espectador num movimento fluído.
Este poderá ser o “feel bad movie” do ano e servir de alerta do que fechar os olhos ao mal pode significar no mundo em que vivemos.
Faz-se aqui o que o melhor cinema de terror deve fazer: utilizar o macabro para alimentar uma história humana.
Um filme de terror moderado, que procura juntar um lado clássico do terror com um lado mais moderno, e como resultado temos um filme que nem assusta consistentemente, nem faz pensar