Blue Ruin (2013)
Uma experiência cinematográfica memorável com questões sobre a natureza humana e a forma como aceitamos a dor.
Uma experiência cinematográfica memorável com questões sobre a natureza humana e a forma como aceitamos a dor.
A performance de Colman Domingo como Bayard Rustin emerge como o núcleo duro, não apenas dando vida a Rustin de forma empática e verosímil, mas também carregando o filme às costas.
O cinema não existe num vácuo sociocultural, não é imutável nem tampouco imune ao seu contexto.
Fecha a trilogia de Cláudia Varejão do (des)encontro familiar, e fá-lo de forma mais sensorial.
É um filme que não para de inicio ao fim, que nunca sai do ponto de foco e, por isso, nos agarra constantemente.
É nas diversas nuances de representações de silêncio utilizadas no filme que a história nos controla de forma sensorial.
A realizadora transporta-nos para este lugar do íntimo e do individual, ao mesmo tempo que transforma o individual em coletivo.
É um filme que não assume uma personalidade arriscada, joga pelo seguro à procura de se tornar facilmente agradável e de ânimos leves,
Tantos planos-sequência trazem ao filme o oposto do que a maioria dos planos dessa ordem trazem: prender o espectador num movimento fluído.