Os Melhores Filmes de 2023 (até agora)

de Fio Condutor

Quando partilhamos os nossos filmes favoritos do ano no final do mesmo, parece que já é tarde demais para aqueles que não conseguiram ver tudo a tempo conseguirem ficar atualizados antes da conversa se virar para todo um novo grupo de títulos.

É exatamente por essa razão que, aqui no Fio Condutor, decidimos fazer o ponto da situação agora que o ano já vai a mais de metade (como o tempo passou tão rápido, é uma incógnita!). Inicialmente realizada com a intenção de pôr a equipa a par das recomendações uns dos outros, achamos que esta sondagem estaria ainda melhor servida nas mãos dos nossos leitores.

2023 tem sido um ano de excelência para o cinema, com novos filmes dos grandes realizadores do nosso tempo e mais ainda para vir (isto se não forem todos adiados, claro). Poderão encontrar, em breve, também, uma lista nas nossas redes com os filmes que mais antecipamos para o que falta deste ano, mas por agora, fiquem com aqueles que achamos que vale mesmo a pena ver enquanto a noite ainda é jovem, e ainda há algum tempo antes de 2024.

5. Barbie, de Greta Gerwig

Uma das metades do fenómeno Barbenheimer, Barbie acabou por “ganhar” à sua concorrência direta para encontrar um lugar na nossa lista. O terceiro filme de Greta Gerwig, e aquele que certamente a elevará a um estatuto de peso em Hollywood, tem feito furor por todo o mundo. Um evento como já não se via há algum tempo no cinema, esta celebração da feminilidade e do cor-de-rosa liderada por uma Margot Robbie em topo de forma, ficará certamente para a história como o maior filme de 2023.

Leiam a crítica ao filme, escrita pelo Bruno Sant’Anna aqui.

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4. Babylon, de Damien Chazelle

Babylon não foi propriamente abraçado pela crítica quando estreou nos Estados Unidos em 2022. Já em Portugal, onde só chegou no início de 2023, conquistou quase unanimemente a pequena amostra de críticos do nosso Fio Condutor. Também liderado pela estrela que é Margot Robbie, naquele que poderá ser o melhor papel da sua carreira (rivalizado apenas por I, Tonya ou Barbie), Babylon é uma reflexão brutal por parte de Chazelle sobre o mundo do cinema americano e, mais concretamente, a viragem do mudo para os “talkies”. Extravagante, absorvente e estonteante, este é um filme que merece, sem dúvida, uma segunda oportunidade.

O Rafael Félix escreveu sobre Babylon aqui.

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3. Aftersun, de Charlotte Wells

Na sua estreia nas longas-metragens, Charlotte Wells entrega uma história ao mesmo tempo parada no tempo e intemporal. Um drama íntimo sobre uma filha e o seu pai numas férias de verão que marcarão as suas vidas para sempre, Aftersun aplica todas as ferramentas do cinema para explorar o poder e a matreirice da memória, assim como a nossa relação com o passado e a infância. Com Paul Mescal e Frankie Corio como protagonistas, este filme é uma pérola que não deve passar despercebida.

Confere a crítica da Francisca Tinoco aqui.

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2. Spider-Man: Across the Spider-Verse, de Joaquim dos Santos, Kemp Powers e Justin K. Thompson

No Fio Condutor, a animação é rainha. Todos somos fãs deste meio cinemático e reconhecemos o seu valor no mesmo nível do live-action. Spider-Man: Across the Spider-Verse deveria competir nas cerimónias de prémios que se avizinham na categoria de melhor filme – não de animação, mas geral. A sequela do já revolucionário filme de 2018 Spider-Man: Into the Spider-Verse consegue surpreender mais uma vez no campo visual, sem nunca descuidar a sua história e personagens. Miles (V.O. Shameik Moore) enfrenta uma nova aventura que acabará por desconstruir não só a sua imagem de si mesmo, como todo o mito do Homem-Aranha enquanto herói de banda desenhada.

A Francisca Tinoco deixou a sua visão sobre o filme aqui.

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1. Mal Viver / Viver Mal, de João Canijo

É impossível separar os dois últimos filmes de João Canijo. Realizados durante a pandemia no norte do país, Mal Viver, concentra-se na história de cinco mulheres, donas de um hotel em Ofir, com conflitos internos a serem resolvidos; já Viver Mal, foca-se nos problemas pessoais dos clientes que, durante um fim-de-semana, ficam lá hospedados. O cineasta traz o seu “elenco habitual”, complementado com algumas estreias. A eles junta-se Leonor Teles, diretora de fotografia, e juntos criam uma das incríveis obras de artes do cinema português. Com uma junção eximia do que cada um tem de melhor, ao longo deste díptico, o espectador é levado pela narrativa e enquadrado na vida dos personagens. Mal Viver/Viver Mal são como duas faces da mesma moeda, onde, repentinamente, somos confrontados com diferentes realidades que compartilham apenas duas coisas: o espaço e o tempo.

João Canijo venceu o Urso de Prata para prémio do júri do 73º Festival de Cinema de Berlim.

Podem encontrar a crítica de Pedro Ginja aqui.

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