O Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa celebrou a sua 17ª edição, entre 12 e 18 de Setembro no Cinema São Jorge, com o habitual entusiasmo que impulsiona o MOTELX pelos corações de todos os espectadores apaixonados pelo género. Um evento que prometeu e entregou diversas experiências culturais nas suas narrativas cinemáticas, incluindo uma viagem pelo cinema nacional. Revisitam-se obras como Tarde Demais (2000) de José Nascimento e experienciam-se novidades no cinema de terror Português como A Semente do Mal (2023) de Gabriel Abrantes. O Festival prossegue no seu objetivo de atribuir uma oportunidade à sua audiência de transportar-se dos seus assentos para o grande ecrã, como criadores, através das microCURTAS, o Prémio MOTELX – Melhor Curta de Terror Portuguesa e uma parceria com o Festival GUIÕES, dedicada a desvendar a próxima grande longa-metragem nacional de terror.

Cartaz Promocional do MOTELX2023 no Cinema São Jorge ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Cartaz Promocional do MOTELX2023 no Cinema São Jorge ©Fio Condutor | João Iria

Experiência Gritómetro no Lounge MOTELX patrocinada pela Mikado ©Fio Condutor | João Iria

Audiências a aguardar pelo MOTELX2023 ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Imagem Promocional do MOTELX2023 na Sala 3 do Cinema São Jorge ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Sessão Tarde Demais, com presença do realizador José Nascimento ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Sessão Tarde Demais, com presença do realizador José Nascimento ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Presença do Festival GUIÕES no MOTELX2023 ©Fio Condutor | Pedro Ginja
Imediatamente, no seu primeiro dia (12 de Setembro), o festival entregou uma sessão de abertura grandiosa na sua ambição com The Animal Kingdom (2023), alinhada nos seus temas ecológicos com a sessão de encerramento, Acid (2023), exibida no seu penúltimo dia. A estreia do trágico conto de fadas You Won’t Be Alone (2022) destacou-se como uma excelente opção para o público tardio na esgotada Sala Manoel de Oliveira do Cinema São Jorge.
O MOTELX entrou a matar com o anúncio de alguns dos premiados, nos seus primeiros dias. A 13 de Setembro foram revelados os vencedores do Prémio MOTELX GUIÕES, numa sessão de pitching dada pelos respetivos argumentistas finalistas, na sala 2. Nesta parceria com o Festival GUIÕES, as categorias estendiam-se além do terror, com uma entrega de prémios atribuída para argumentos pilotos de Séries, Longas e PT Co-Produções. “Trauma” de Tiago Matos foi revelado como o grande vencedor para Melhor Argumento de Terror Português.

Cartaz Promocional MOTELX2023 ©Fio Condutor | João Iria

©Fio Condutor | Pedro Ginja

Banquete na Sessão de Abertura do MOTELX23 ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Sessão de Pitchings GUIÕES ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Sessão de Pitchings GUIÕES ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Sessão de Pitchings GUIÕES ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Sessão de Pitchings GUIÕES ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Caixa com os Votos para o Prémio do Público no MOTELX2023 ©Fio Condutor | João Iria
Além dos destaques cinemáticos, esta edição disponibilizou uma conversa com o realizador, Brandon Cronenberg, juntamente com a exibição da sua filmografia completa, nunca antes vista nas salas de cinema nacionais, como Infinity Pool (2023) e Possessor (2020); uma masterclass com o celebrado produtor brasileiro, Rodrigo Teixeira, responsável por obras como Call Me by Your Name (2017) e The Lighthouse (2019), que, também, apresentou uma reposição de The VVitch (2015), de Robert Eggers; a apresentação e lançamento de diversos projectos e livros nacionais, como Os Melhores Contos da Fábrica do Terror – VOL. 1, e Olhar o Medo de António Araújo e José Carlos Maltez; e ainda um delicioso banquete disponibilizado pela Embaixada Real da Tailândia, para promover o filme Home for Rent (2023).
O serviço de streaming da FilmTwist apodera-se de algumas das melhores longas-metragens do festival e fornece, ainda, um dos seus maiores momentos com uma sessão surpresa, revelada somente no inicio do filme, sendo uma restauração do extraordinário clássico de culto horrendo, Ichi the Killer (2001) de Takashi Miike.

Promoção Banquete da Embaixada Real da Tailândia ©Fio Condutor | João Iria

Banquete da Embaixada Real da Tailândia ©Fio Condutor | João Iria

Banquete da Embaixada Real da Tailândia ©Fio Condutor | João Iria

Banquete da Embaixada Real da Tailândia ©Fio Condutor | João Iria

Realizadora de My Animal, Jacqueline Castel ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Brandon Cronenberg numa Q&A após a sessão de Infinity Pool ©Fio Condutor | João Iria

Brandon Cronenberg numa Q&A após a sessão de Infinity Pool ©Fio Condutor | João Iria

Conversa com Brandon Cronenberg ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Conversa com Brandon Cronenberg ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Conversa com Brandon Cronenberg ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Livro: Os Melhores Contos da Fábrica do Terror – VOL. 1 ©Fio Condutor | João Iria

Apresentação do Livro: Olhar o Medo ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Apresentação do Livro: Olhar o Medo ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Lançamento Enciclopédia do Terror Português ©Fio Condutor | Pedro Ginja
As surpresas permanecem na conclusão do festival com a revelação dos principais vencedores: De Imperio (2023), de Alessandro Novelli, foi distinguido com o Prémio MOTELX – Melhor Curta de Terror Portuguesa, no valor de 5000€, entre 12 filmes nacionais. O júri, composto por Ingmar Koch (músico e produtor), Juan Castro Garcia (director artístico do Galician Freaky Film Festival) e Rita Blanco (actriz), justificou a escolha desta película “por criar um mundo próprio paralelo à realidade de forma metafísica”, onde “nada é óbvio, é sempre inesperado e nem sempre compreensível à primeira vista porque tem várias camadas”. Paralisia (2023), de Inês Monteiro, recebeu uma Menção Especial nesta competição que concretiza um dos maiores objectivos do MOTELX: promover, incentivar e exibir filmes de terror produzidos em Portugal.
O mesmo painel de jurados atribuiu ainda o Prémio Méliès d’argent – Melhor Curta Europeia a Gangrene (2023), do cineasta espanhol Ignacio Gil-Toresano Fernández, por conseguir mostrar “o medo, o pavor, o desassossego com muito pouco”. Enquanto, na corrida ao Prémio Méliès d’argent – Melhor Longa Europeia, venceu Superposition (2023), da realizadora dinamarquesa Karoline Lyngbye. O actor Dinarte de Freitas (que protagonizou o spot deste ano do MOTELX), o realizador Gonçalo Almeida e a directora-geral do Sitges – Festival Internacional de Cinema Fantástico da Catalunha, Mònica Garcia Massagué, formaram o júri que destacou o “elenco talentoso”, “a excelente cinematografia” e “a complexidade na utilização de artifícios da fantasia para mostrar uma teia narrativa bem tecida”. A Menção Especial coube a Hood Witch (2023), do francês Saïd Belktibia, enquanto Irati (2023), de Paul Urkijo Alijo (Espanha), ganhou o Prémio do Público da 17.ª edição do MOTELX.
Durante a cerimónia, foram também mencionados os vencedores de outras três competições, que já tinham sido divulgados no Festival: Down Under, de Lola Ramos arrecadou a Melhor microCURTA MOTELX (a maior categoria do Prémio YouTube microCURTAS MOTELX), Mi Vida en Tus Manos, de Nuno Beato, conquistou o primeiro Prémio Lobo Mau (de sempre).

Prémio MOTELX Melhor Curta de Terror Portuguesa 2023 ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Prémio MOTELX2023 ©Fio Condutor | Pedro Ginja

A atriz Rita Blanco a apresenta o Vencedor Melhor Curta de Terror Portuguesa 2023 ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Prémio Melhor Curta de Terror Portuguesa ©Fio Condutor | Pedro Ginja

De Imperio, vencedor Prémio Melhor Curta Portuguesa 2023 ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Paralisia, curta-metragem vencedora de Menção Especial ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Irati, vencedor Prémio do Público MOTELX2023 ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Anuncio dos Vencedores Prémio microCURTAS MOTELX ©Fio Condutor | Pedro Ginja
No seu último dia, um cine-concerto para celebrar os 100 anos do filme Os Olhos da Alma, com música composta e interpretada pela artista musical Surma, apoiado pelo Programa FILMar. A longa-metragem de Roger Lion foi produzida e escrita por Virgínia de Castro e Almeida, uma pioneira do cinema de ficção em Portugal, poucas vezes louvada ou mesmo referida. E, finalmente, o MOTELX atinge a sua conclusão com a exibição da curta e da longa-metragem europeias vencedoras do Prémio Méliès d’argent.
Os directores artísticos Pedro Souto e João Monteiro sublinharam os “10 dias incríveis” de Festival, “que começaram com três dias memoráveis de Warm-Up“, e os “cerca de 170 filmes, entre longas e curtas-metragens, cerca de 80 sessões e muitos países e sub-géneros do cinema de terror representados”.
Como sempre, o Festival recusa-se a servir somente um prato para esta refeição semanal de entranhas, gritos e gargalhadas, comprometendo-se, sempre, a um buffet digno dos gostos peculiares da sua audiência, disposta a aventurar-se neste palato sensacional que o género do terror contém no seu menu. A 18.ª edição do MOTELX – Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, a acontecer no próximo ano, já tem datas marcadas: 10 a 16 de Setembro de 2024.

A equipa do MOTELX2023 ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Data Marcada para a 18ª Edição do MOTELX ©Fio Condutor | Pedro Ginja

Anoitecer no MOTELX2023 ©Fio Condutor | João Iria

A Despedida do MOTELX2023 ©Fio Condutor | João Iria

Experiência Realidade Virtual ©Fio Condutor | João Iria

Experiência Realidade Virtual ©Fio Condutor | João Iria

Crítico Bruno Sant’Anna no MOTELX2023 ©Fio Condutor | João Iria

Crítico e Fotógrafo Pedro Ginja no MOTELX2023 ©Fio Condutor | João Iria

Equipa do Fio Condutor: Pedro Ginja, Bruno Sant’Anna e João Iria no MOTELX2023 ©Fio Condutor