Mona Lisa and the Blood Moon (2021)

de Rafael Félix

Ana Lily Amirpour é toda ela vibe. Só vibe. E Mona Lisa and the Blood Moon é exatamente isso. Vibe.

A realizadora de The Bad Batch (2016) – filme que nada tem a ver com Star Wars -, põe-nos a seguir uma mulher com poderes telepáticos mas fracas capacidades sociais depois de 10 anos num hospital psiquiátrico e uma stripper que se aproveita destes poderes para esvaziar os bolsos a clientes e transeuntes.

Durante o filme podemos ver um sem número de personagens duvidosas com um Ed Skrein a fazer de DJ quase budista e uma Kate Hudson no papel de white trash/mãe irresponsável, mas todos oferecem não só uma gigante camada de emoção ao filme, como também a sensação de celebração do outsider em que o filme se transforma.

A parte difícil de falar de Mona Lisa and the Blood Moon está relacionada com aquilo que disse anteriormente. É só vibe. E o filme sabe. É cor, é luz, é uma câmara fluída e um tipo de humor tão seco que é possível ficar na dúvida se a ideia é rir ou só ficar super embaraçado, o que quem estiver “a ir com o filme”, vai adorar a 100%. Especialmente com a quantidade de música absurda que Amirpour injeta no filme, não só a estabelecer o ritmo descontraído e mágico, mas também a complementar cada uma das suas personagens, numa espécie de jukebox emocional que oferece uma vibração especial a um filme com regras muito próprias.

Mona Lisa and the Blood Moon garantidamente não é para toda a gente, principalmente devido ao facto de estar pouco interessado em narrativa e mais em ambiente e boa onda e, se formos com ele, pode ser uma das melhores experiências de sala do ano.

4.5/5
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1 comentário

Ju 13 de Setembro, 2021 - 15:04

Amirpour… não sei. Os filmes dela… eu espero sempre mais.

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