Realizou-se, no dia 31 de Maio, a 8ª Edição dos Encontros do Cinema Português nos Cinemas NOS Vasco da Gama. Foram apresentados cerca de 54 projectos de produção portuguesa, o maior número de sempre desde a sua primeira edição em 2016.
O evento é promovido pela NOS Audiovisuais e conta com o apoio do ICA – Instituto do Cinema e Audiovisual, e tem como intuito ser uma plataforma de encontro e aproximação entre os vários agentes do sector. Este ano contou com mais de 200 participantes da indústria cinematográfica portuguesa entre produtores, realizadores, argumentistas e actores.
O anfitrião foi Luís Nascimento (Administrador Executivo NOS SGPS) que apresentou uma breve história de todos os anteriores encontros e uma breve apresentação do mercado cinematográfico nacional, principalmente focado na própria produção nacional. O objectivo para os próximos anos é levar o cinema nacional a ter cota de mercado superior a 10% (por enquanto ainda com uma percentagem de 5,6%). Uma meta ambiciosa, mas que a NOS se mostra motivada a alcançar num futuro próximo.
Luís Nascimento, anfitrião da 8ª Edição dos Encontros do Cinema Português ©Pedro Ginja | Fio Condutor
História das várias edições dos Encontros do Cinema Português ©Pedro Ginja | Fio Condutor
Quota de Mercado do Cinema Nacional em Portugal ©Pedro Ginja | Fio Condutor
Logo de seguida começou a apresentação das várias propostas. Eis a listagem dos projetos apresentados:
Promenade
– O Segundo Homem
– Amo-te Imenso
– Alma Ansiana
– La Vie de Maria Manuela
Infinito Filmes
– Mére
House of Quest Films
– Paris/Persepolis
David&Golias
– Sobreviventes
Grumpy Panda
– A Viagem do Rei
Cedro Plátano
– Yupumá
Shortfuse
– Barranco do Inferno
Lanterna de Pedra
– A Maldição de Romanova
– Um Filme do Caraças
Filmógrafo
– Famille FC
– José Luís Espinosa, O Espião
Droid ID
– Sur la Stre Nuro – Na Corda Bamba
Real Ficção
– Primeira Obra
C.R.I.M
– Verdade ou Consequência
– O Vento Assobiando nas Gruas
Terratreme
– Onde Fica esta Rua? Ou Sem Antes Nem Depois
– Cidade Rabat
Real Ficção
– Primeira Obra
O Som e a Fúria
– India
– A Flor de Buriti
– A Primeira Pessoa do Plural
Volf
– O Último Animal
Força Maior
– The Guitar Barrel Project
Uma Pedra no Sapato
– Praia Formosa
– Ubu
– Banzo
– Casa
– Légua
– Zé
Coyote Vadio
– Pôr do Sol: O Mistério do Colar de São Cajó
Persona Non Grata
– A Bela América
Bando à Parte
– Não sou Nada
– Dulcineia
– A Pedra Sonha Dar Flor
– Director’s Factory
Bam Bam
– Via Norte
Independente
– Concentrados
Caracol Estúdios
– Pátria
– Outono
Os Três Vintens
– Rosinha e Outros Bichos do Mato
Pixbee
– As Aves
Alle Films
– Slash’em
Ukbar Filmes
– Noites Claras
– Justiça Artificial
– Sempre de Noite
– Greicie
Artificial Humors
– Amelia’s Children
Leopardo Filmes
– O Pior Homem de Londres
– A Sibila
– Longe da Estrada
– Os Papéis do Inglês
Leopardo Filmes & APM
– Diálogos depois do Fim
Depois da apresentação de todos os projectos houve tempo para o habitual debate sobre o cinema português, desta vez sob o tema “Como melhorar a relação do público com o cinema português?”.
O painel de debate contou com Ana Isabel Strindberg (Portugal Films), José Eduardo Moniz (TVI), Manuel Pureza (Realizador), Ricardo Llorente (Amazon Prime Espanha), Luís Chaby (ICA) e Susanna Barbato (NOS Audiovisuais) e foi moderado pelo jornalista Vitor Moura.
Luis Chaby, José Eduardo Moniz, Ana Isabel Strindberg, Vitor Moura, Susanna Barbato, Ricardo Llorente, Manuel Pureza no debate ©Pedro Ginja | Fio Condutor
No debate foram apresentadas várias propostas:
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- Educar o público a consumir cinema português;
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- Encontrar novas formas de divulgar o cinema português;
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- Procurar formas de financiamento alternativas ao ICA;
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- Projectos que possam saltar entre a TV e o cinema e vice-versa, utilizando o streaming como alavanca;
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- Alargar a variedade cinematográfica com a promoção de cineclubes/colectividades de cinema fora dos grandes centros urbanos (atualmente muito centrado em Lisboa e Porto);
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- Promover o cinema nacional desde criança, com a promoção de sessões de filmes portugueses.
Em jeito de conclusão, e após a intervenção de elementos presentes na sala com sugestões próprias, Vitor Moura concluiu os trabalhos com a promessa da NOS Audiovisuais voltar daqui a um ano, em 2024, com a 9ª Edição dos Encontros do Cinema Português.
Susanna Barbato, Ricardo Llorente e Manuel Pureza ©Pedro Ginja | Fio Condutor
