Cinalfama – Lisbon International Film Festival | 3ª Edição

de Fio Condutor

De 22 a 26 de julho, o CINALFAMA regressa às Escadinhas de São Miguel e ao Museu do Fado, em Alfama, em Lisboa, para a sua terceira edição. Com entrada livre, este festival propõe-se a celebrar o cinema independente, exaltando o bairro e as ruas que o acolhem.

A sessão de abertura conta com a exibição de Judgment in Hungary (2013), um filme que apresenta uma reflexão em torno do julgamento de crimes de ódio contra membros da comunidade cigana. É o retorno a um filme e que marcou a abertura da 1ª edição do Cinalfama. A realizadora Ezster Hajdú marca presença nesta sessão para um debate com o ativista Rogério Roque Amaro. O tema da integração e do diálogo intercultural merecerá igualmente honras de uma Open Call e de uma mostra específicas, em parceria com a associação Renovar a Mouraria.

Judgment in Hungary, de Eszter Hajdú

NOMES, NÚMEROS E CATEGORIAS

Nesta terceira edição, o Cinalfama apresenta uma programação com 50 filmes e que reúne um total 31 estreias nacionais e 46 filmes internacionais (França, Alemanha, Espanha, Turquia, Bélgica, Irão, Brasil, Tunísia, Argentina, China, Japão, Itália, Irlanda, EUA, Noruega, Islândia, entre outros). Hannes Schilling; Mariame N’Diaye; Erin Johnson; Jozefien Van der Aelst; Ezster Hojdu; Gabriela Nobre; Edgar Morais; Renata Sancho; Laura García Perez são alguns dos realizadores que estarão presentes nas várias exibições agendadas.

O Cinalfama distingue as seguintes categorias:

    • City in Film Award – filmes em que cidade ocupa o papel principal;
    • Animalfama – direcionada para o cinema de animação para o público adulto;
    • Micro & No Budget – filmes produzidos com baixos recursos;
    • Best Script Competition;
    • Medium Length;
    • Best Soundtrack;
    • Melhor Filme Português;
    • Melhor Filme Alemão (país convidado);
    • Melhores Filmes de estreia.

O Grande Prémio Cinalfama é a principal distinção do festival e o júri do Cinalfama é feito de personalidades da cena cinematográfica portuguesa e internacional e engloba vencedores de edições anteriores: Leonor Teles, Pedro Cabeleira, Florence Rochat, Denise Fernandes; Agnes Meng, Edgar Morais, Kaveh Mazaheri; Fatema Abdoolcarim; João Paulo Miranda Maria; Marta Andrade, Ely Chevillot , Gabriela Nemésio Nobre, Diogo Figueira, João Gomes e Joana Niza Braga.

Fár, de Gunnur Martinsdóttir Schlüter

RECOLHAS FILMADAS DE HISTÓRIAS E ORALIDADES DE ALFAMA
ou a função de registar o presente

Além das habituais projeções ao ar-livre, este ano o festival inaugura um projeto piloto: Recolhas Filmadas de Histórias e Oralidades de Alfama, que serão trabalhadas por realizadores como Pedro Costa, Leonor Teles e Pedro Cabeleira e outros membros da equipa Cinalfama como Edgar Morais; Agnes Meng; Denise Fernandes; João Gomes e Gabriela Nobre. Os primeiros fragmentos serão exibidos na noite de 26 de julho.

“Há uma certa utopia comunitária no festival. Se Alfama é a somatização do anseio e da intimidade, então o Cinalfama funciona como um elo e uma ponte: entre o nativo que a conhece por dentro, que ainda lá vive ou de lá já saiu, do lisboeta ou português que nunca a viveu, até ao visitante ou expatriado que ao seu postal pitoresco não se quer resignar.”, diz João Gomes, júri e diretor do Cinalfama Lisbon International Film Festival.

Este projeto faz parte de um objetivo programático mais amplo da Associação Cinalfama: preservar e reconstruir criticamente a memória de Alfama. “Para que este objetivo se cumpra, iniciou-se um processo de digitalização de acervos fotográficos e documentais dos vários clubes recreativos do bairro e iremos iniciar uma recolha pública de vídeos antigos. No futuro, depois de já estabelecido acordo estruturante com o Arquivo Municipal e o apoio da Cinemateca, pretendemos aproximar e convocar realizadores para explorarem Alfama e as suas questões identitárias através de filmes produzidos pelo Cinalfama” – acrescenta João Gomes.

 

Descobre o programa completo em www.cinalfama.com

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SOBRE O CINALFAMA

No coração de Alfama, um dos bairros históricos mais pulsantes de Lisboa e onde a gentrificação inevitavelmente se tem instalado, a missão do Cinalfama vai sendo cada vez mais clara: ocupar as ruas com cinema independente para promover uma reflexão sobre o presente e a identidade da nova malha cultural da cidade, escrevendo e documentado em simultâneo a sua própria história. Porque, por vezes, é preciso sair do bairro para ver o bairro.

2009 – É sobre as icónicas e altas paredes brancas das fachadas de Alfama que nasce este projeto, ainda informal, projetando cinema em ruas recônditas do bairro.
2016 – Inauguram-se as Cinalfama Seasonal Screenings and Awards – o festival passa a um formato competitivo de cariz internacional, passando a projetar filmes independentes portugueses e internacionais em competição nos meses de janeiro, abril e outubro.
2020 – Nasce a Associação Cultural Cinalfama que proclama formalmente a sua missão: divulgar artistas emergentes, promovendo o debate e a criação de um espírito cinéfilo comunitário de modo a contribuir para pesquisa e salvaguarda do património cultural de Alfama e para a respetiva dinamização sociocultural do bairro.
2022 – Mais um passo de Alfama para o mundo – um evento internacional ao ar livre, em vários pontos de Alfama, que celebra o cinema independente e as ruas que o acolhem – o Cinalfama Lisbon International Film Festival que celebra neste ano a sua 3ª edição.
2024 – O Cinalfama cumpre a sua vocação associativa e torna-se algo muito maior do que um festival, mobilizando o cinema como arma de coesão e pesquisa comunitárias através de projetos de grande fôlego entre os quais a recolha filmada de histórias e oralidades de Alfama.

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