Materializa com sucesso uma boa ideia, através de um elenco competente, um guião inteligente e talento e confiança na realização. O resultado é um drama envolvente que mistura ficção científica com terror cósmico.
Luna bombardeia-nos com pombos, globos oculares a serem arrancados, zooms de câmara giratórios, caracóis e espirais hipnóticas. É uma trip psicadélica que nunca se leva demasiado a sério.
Pode sofrer de injustos adjectivos pejorativos como lento, aborrecido ou sem rumo, o que apenas pode ser justificado se existir uma falta de aceitação da sua peculiaridade.
Claramente uma alusão à mortalidade e à forma como o ser humano lida com a terrível e inevitável condição de – passo a redundância – ser humano (a mutação dos nossos corpos, da nossa voz, da nossa mente).